segunda-feira, 20 de agosto de 2012

"Sem vento"

Minha mãe utiliza uma expressão quando o clima está apático, sem força e brilho, parado. Ela diz: - Tá sem vento. Fazsentido já que só de pegar o carro e sentir a brisa do vento no rosto na praia é gratificante. Eu estou mais ou menos assim em relação à motivação, ideias e pensamentos: "sem vento". Vez ou outra eu tenho um insight que parece mudar algo em mim, minha percepção e isso geralmente ocorre quando eu estou entre pessoas, principalmente ao lado de mulheres, ou quando estou fora de casa. Porque eu sei que quando eu chego em casa, sinto uma atmosfera que faz retornar ao comum e banal. Falo da casa mesmo, paredes e etc e do que ela provoca em mim. Quem dera eu tivesse uma reviravolta e voltasse a me sentir motivado e etc. Hoje, por exemplo, decidi não ir ao cursinho. Tava sem inspiração. Não sei o que vai ser de mim, proque eu tô conseguindo êxitos em algumas coisas e tô sem forças pra lutar por mim. Vamos ver no que vai dar. E, não adianta comigo esse negócio de ter que ter força de vontade, etc. Sei que sinto esse vazio em minha pessoa e que de vez em quando ele é preenchido. Eu só queria que esse preenchimento permanecesse. Depois eu explico o que faz eu ter algumas percepções e como eu fico ao sentí-las.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Fase Oral

Durante a minha primeira e segunda crise (não deu tempo de detalhar as duas. Talvez dê quando a terceira passar e isso realmente ficar no passado.)... bem, retomando o que ia dizendo: durante a minha primeira e segunda crise eu acredito ter revivido ou vivido pela primeira vez (não sei), a fase anal - uma fase que a criança passa durante o seu desenvolvimento. Agora, nessa terceira crise, eu tô vivendo a fase oral, porque o destaque que meus lábios ganham quando estou perto de um homem, um gay ou uma mulher especial é impressionante. Sinto sensações quase que inexplicáveis nos lábios e no corpo. Acontece que em algumas situações específicas é que eu retomo significados, como o de olhar uma paisagem e dar algum significado, como achar uma praça bonita e não apenas mato e etc, como ver um bairro e pensar nas pessoas que já residiram lá, etc. Pois bem, vou tentar explicar essa fase oral com o que vivi hoje. Hoje, resolvi ir me matricular num cusrinho pré-vestibular para tentar o enem novamente. Peguei um ônibus, entrei e fiquei em pé. No meio da viagem, eu consigo um lugar para sentar e senta uma mulher do meu lado. Bom, a partir daí eu comecei a dar significado ao bairro, como o que falei nos parágrafos anteriores, como olhar uma praça e não pensar que é só mato, mas ver como algo bonito... pensar nas pessoas que trazem recordação àquele bairro. Foi o que aconteceu comigo, enquanto estava ao lado dessa mulher, ou das outras pessoas. Mas, me prendo a ela. E, sei que isso realmente acontece comigo: um ambiente ou uma pessoa influenciar meu comportamento, minha postura mental. Ah, a minha percepção até das pessoas mudou, pelo menos de alguns que olhei no ônibus em alguns momentos enquanto estava ao lado da mulher e os signficados fluiam: voltei a perceber alguns homens, como passivos. Parece careta falar de "ativo" e "passivo". Não é que isso não exista. Existe, mas é definido na hora do sexo, ou alguns minutos antes, ou muito tempo antes como anos, sem trocadilho. Enfim, tinha mudado praticamente toda a minha percepção euanquanto estava ao lado dessa mulher. Mudei até a postura corporal quando levantei para descer. Parecia que tinha voltado ao que eu era: bem disposto. E, enquanto eu sentia tudo isso, meus lábios foram ficam amaciados e bem molhados. Não, não era para eu beijar a sra. que estava ao meu lado. Mas, acho que os lábios funcionam como antenas. Assim, como o ânus e o pênis. Mas, depois eu falo disso. O fato é que eu tive essas sensações de bem-estar e significados mentais e uma sensação psicossomática nos lábios. Cheguei no curso, e como fazia antes, com muita objetividade efetuei minha matrícula. Me dirigi à parada para voltar pra casa. Peguei outro ônibus, fiquei do lado de outras pessoas e o que eu sentia em relação à viagem de ida foi passando. E, outras sensações vieram. Minha disposição e "atividade" foram se esvairindo. Mas, foi bom sair de casa, do meu mundo. Ter vivido algo bom, mesmo que temporário. Sei que retornei à lentidão, sensação de desnorteamento e vazio. Mas, tenho esperanças de que essas frenquentes sensações boas possam se tornar algo permanente. Ah, em um próximo post, eu falo o que acontece comigo ao ficar ao lado de homens, gays e algumas mulheres específicas.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Insights

Acontece que nesse período de baixa, de vez em quando eu tenho momentos de alta.
É como se fosse um estímulo passageiro e temporário, mas que eu tenho esperanças de que se torne permanente.
Durante essa terceira crise, eu tive alguns momentos de alto.
Eu esperava que continuassem, mas não continuam e voltam a estaca zero, que é ficar sentindo-me vazio, sem dar muito significado às coisas.
Hoje, por exemplo, eu tive a sensação de bem-estar por alguns minutos, de me sentir potente e produtivo, com alguns momentos de significado e quase nada de vazio.
Mas, passa.
Tô começando a me preocupar, porque acho que vou me matricular pra tentar fazer a monografia e não sei no que vai dar se esse vazio, falta de significado e crítica.
É engraçado que esses momentos de poder, de possível, acabam retornando.
E, como é algo bom, eu fico esperançoso que continue.
Mas, não perdura.
Não sei se voltarei a ser como eu era.
Se voltarei a me sentir potente.
Por enquanto, só queria o feijão com arroz: fazer monografia e me formar.
Depois, é que eu pensaria numa "lasanha".
Era só o que eu queria.
Mas, parece que eu não estou no controle e que isto independe de mim.
Está fora do meu alcance.
Éo que parece.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Idade das Trevas

Bom, esse momento que eu estou vivendo eu posso chamar de Idade das Trevas, devido à baixa produtividade intelectual que estou tendo.
Não sei o que aconteceu comigo, mas já tinha um histórico negativo devido a duas crises anteriores que provocaram efeitos semelhantes: a baixa produtividade nos estudos.
Me encontro no 12º período num curso que tem 8. Reprovei nos perídos de crise e isso fez com que eu levasse mais tempo do que o habitual no curso.
Durante o terceiro período da faculdade, eu entrei na primeira crise.
Reprovei em quatro das cinco disciplinas que estava matriculado.
Mas depois desse tempo sombrio, volto à faculdade e tiro a maior quantidade de 10 que pude em muitas disciplinas. Foram seis ou mais, uma média de um 10 por disciplina. (Como se 10 fosse medida de inteligência, mas no mundo capitalista é.)
Depois do 6º período, entro na segunda crise.
Dessa vez tranco a faculdade.
Mas, mais uma vez, passado o período de sombras, eu retorno com boas médias à faculdade.
E, já interessado na tal da monografia.
Afinal, estava perto de concluir o curso.
Comecei a fazê-la.
Mas, agora no início do ano, eu entrei numa terceira crise, e que afetou consideravelmente meu potencial intelectual.
A monografia que vinha fazendo, perdi o estímulo e a vontade de fazê-la, bem como certa capacidade crítica individual que necessita-se para um trabalho de cunho autoral.
Tudo tornou-se banal e sem sentido.
E, expando isso para quase todos os aspectos da minha vida nesse momento.
Por isso, digo que estou, mais uma vez, na Idade das Trevas.
A minha esperança é de retomar a vontade de fazer as coisas, principalmente nos estudos.
Fazer minha monografia e concluir o curso e partir pra vida.
Coisa que já devia ter feito há muito tempo, incluindo aí o próprio curso e a própria vida.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Retorno ao divã (literalmente)

Na verdade, vou interromper a série de acontecimentos que estava contando do meu passado e vou falar do meu presente, acontecimentos um tanto quanto presentes.
Tava contando no blog da situação que me levou a procurar ajuda psicológica em 2008. Ia contar das duas crises que aconteceram comigo anos atrás.
Mas, tudo se tornou banal e sem sentindo porque uma terceira crise começou.
Talvez seja forte chamar de crise, mas é como eu denomino as alterações psicológicas e psicossomáticas que acontecem comigo.
Talvez agora escrever possa ajudar a acabar definitivamente com essas crises, fazer eu tomar o controle da situação (coisa que parece distante pra mim) e ajudar a encontrar a felicidade.
Detalhes posteriormente.
Por enquanto é isso.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Antes da Primeira Sessão: prognóstico da situação

Tive que ir duas vezes à psicóloga (fiz duas terapias sobre o mesmo assunto: a minha sexualidade).
Mas, antes, vou contar o que estava sentindo antes de começar a primeira.
Lembro exatamente que na primeira, ou melhor, antes da primeira, tava meio depressivo, sem saber o porquê.
Tava escutando Legião Urbana, Los hermanos, Gram, músicas que me botavam para baixo.
Entrava em site de bate-papo pra conversar com outras pessoas e ver se me animava.
Enfim, tava sem rumo.
Além do que já relatei: o fato de não ter me socializado em Brasília; ter chorado em casa quando o rapaz foi conversar com minha mãe; e ter ficado desconcertado com a professora na sala de aula sobre a confusão de gêneros, que não foi proposital.
Assim que comecei a terapia, relatei que estava meio triste.
A psicológa indagou o porquê e eu fui dizendo algumas coisas.
Relatei o ocorrido na faculdade,
até chegar a outras questões.
Tudo que ocorreu na primeira consulta será assunto do próximo post.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Bom dia.. qual o seu nome? (Busca por ajuda - contatos iniciais)

Decidi procurar um psicólogo para ajudar a resolver meus problemas.
Chega de formular teorias.
Queria respostas.
Precisava de um especialista.
Na verdade, queria uma psicóloga.
Não queria um homem pra falar de homossexualidade.
Queria uma mulher.
Acreditava ser melhor assim.
Recorro a uma lista-telefônica em minha busca.
Ligo para uma psicóloga e ela me informa que a sessão é R$ 50,00 reais.
Ligo para outra que me diz que custa R$ 70,00 a consulta.
Tento ligar para uma terceira, mas não consegui contato, falar diretamente com ela. Estava ausente.
A primeira (a de R$ 50,00) me passou a impressão, no telefone, pelo tom de voz dela, de ser ansiosa e que faria mais uma consulta superficial, o que não queria.
Ela falava rápido e parecia não dar a atenção que se busca.
A segunda, mesmo sendo R$ 70,00 (um pouco mais cara a sessão), me pareceu mais serena ao telefone. Pareceu-me calma e tranquila.
Novamente, a percepção pelo tom de voz entrou em cena.
Decidi então marcar uma consulta com a segunda (a que me pareceu mais serena).
Tudo isso inconversável em casa com mãe e irmã.
Era algo meu, pessoal, somente meu.
Uma angústia e um conflito interno da qual elas não faziam parte, até aquele momento.
Dizia que iria à faculdade.
Mas, na verdade, ia à terapia.
Foram várias as consultas, com várias sensações, levantamentos, deduções e conclusões.

Essas sensações e essa experiência contarei aqui.
Mas, desse post já posso tirar algumas conclusões.
A primeira é mais racional:é  sobre o preço do serviço.
Óbvio que preço influencia.
E, em se tratando de serviço: algo mais caro parece ser feito melhor.
Daí eu ter escolhido a segunda psicológa.
Parecia que o preço era de algo melhor, mesmo, no total, ser um pouco a mais que a opção mais barata.
Julguei não valer a pena a primeira opção por causa do preço e que a segunda seria de um melhor serviço.
Outra coisa que influenciou a minha escolha foi algo mais emocional: o tom de voz.
O tom de voz das pessoas com que falei sobre fazer terapia me passaram informações de características pessoais, da personalidade da pessoa, mesmo que não correspondesse ao real.
Talvez, daí, eu tenha começado a dar mais valor ao tom de voz das pessoas.
Acho que todo mundo sente algo em relação ao tom de voz das pessoas.
Mas, comigo, a partir dessa época é que isso cresceu e eu começei a fazer julgamentos e tomar decisões com base nessa característica das pessoas.
A primeira psicológa, como falei, me pareceu, pelo tom de voz, ansiosa e superficial.
A segunda me pareceu mais tranquila.
Acho que esse fator, depois do preço, influenciou a minha decisão.
Então, repare no tom de voz das pessoas e tire suas conclusões.
Não acontece comigo de reparar no tom de voz de todas as pessoas, mas de algumas.
E acredito ser o julgamento que se faz ser pessoal, com sentido próprio e particular.
E, acredito ser válido.
Bem, mais coisas iriam acontecer.
A consulta tava agendada, e a terapia iria começar.