sábado, 31 de dezembro de 2011

Dia de Curso

Depois da prova realizada pelo Cespe para o concurso do Tribunal Superior do Trabalho em Brasília, tava na hora de enfrentar a prova da universidade federal do meu estado.
Tava, pela segunda vez, encarando uma segunda etapa (provas discursivas específicas mais redação) para o curso de Medicina.
Mas, antes da prova, nada mal visitar um curso pré-vestibular para uma boa revisão.
Bem, matriculo-me no curso.
Lembro que conhecia mais gente colega da minha irmã que colegas meus, pois já tinha terminado o ensino médio há um ano, e ela tava concluindo naquele ano, assim como seus amigos.
Fico só na sala, na verdade, 'na minha'.
Mas, no primeiro dia, sento ao lado de uma conhecida.
Gostei do professor de Química.
Entendia o que o de Biologia dizia.
E, achava o de redação legal.
Beleza,
lembro que o meu modo de pensar era parecido com o do professor de Química, tanto na prova, como na vida.
Lá vai a analogia: identificar os dados da questão, raciocinar no que a questão pede, em como a frase é formulada e o que ela diz.
Enfim, enxergar mais do apenas ver: extrair informações do contexto para poder tomar decisões, etc.
Lembro que me identifiquei muito com cálculo.
Na época, já cursava administração.
Então pensei: "- Curso administração, mas quero ser médico. E, já pensou eu acabar trabalhando como professor de matemática, por gostar de números!"
Até que tinha lógica e era racional.
Mas não era tão emocional como a vontade de ter uma profissão que me envolvesse.
Mas esse pensamento foi calculista e racional.
Lembro que não me esforçava muito nos estudos para a segundo etapa, tanto quanto a prova exigia.
Agora vem o ponto alto do post, e que é asunto corriqueiro aqui no blog: meus traumas e experiências amorosas e sexuais.
Um dia, pela manhã, ao atravessar a rua, olho para os lados, vejo um garoto e admiro-o.
Lembro que ele sentou à minha frente no curso.
Eu continuava a adimirá-lo.
Acho que ele não reparou em mim, mas eu reparei nele.
No outro dia, ele sentou ao meu lado, me pediu até algo emprestado.
Algo acontecia comigo.
Foi só isso.
Não olhei mais ele com frequencia, afinal era um curso para revisão de segunda etapa de vestibular.
E, nem sei se ele curtia.
Me pareceu que sim.
Ele às vezes sorria.
Parecia interessado.
Mas não tinha como eu ter certeza.
E, eu, nem tentar algo tentei.
Ele devia morar perto do curso.
Mas não o vi mais.
De fato, senti-me atraído.
Queria ele.
Mas, não fiz muito para que isso acontecesse.
Depois de algumas sensações estranhas na adolescência,
esse desejo por outros caras ressurgia em mim.
Talvez timidamente.
Mas estava voltando a re-aparecer.
O dia da prova havia chegado.
Não fui bem como eu esperava ir.
Os outros nunca esperavam isso (pelo menos de alguém que tenta medicina.).
Lembro que na redação tentei usar todo meu vocabulário do curso de administração (quase que não cabia na folha-resposta).
Mas, não influenciou muito o resultado tantas palavras advindas de filosofias, outras gias e ias de curso de nível superior.
Não fui aprovado para Medicina e fiquei entre os excedentes. Mesmo assim, não fui chamado.
Bola para frente com a vida acadêmica e amorosa, e com meu "cursinho" de administração.
Ainda havia mais coisas a acontecerem.
Coisas naturais para mim, como desejos, e coisas mais esquisitas, como o Déjà Vu de baile de Carnaval.

sábado, 24 de dezembro de 2011

O outro dia: biópsias e diagnóticos

Retomando a viagem que fiz à Brasília, depois de falar de alguns fatos do presente,
chegou a hora de falar do dia posterior à volta para casa.
Depois de fazer o concurso do TST em Brasília, voltei ao meu estado natal.
Durmi por volta das 3:00 am.
Depois acordei.
Voltei ao meu mundo, de onde nunca saí.
Lembro que no outro dia, um vizinho tinha vindo até à minha casa falar com minha mãe.
Chamou por ela, mas ela não estava.
Levantei do sofá e fui infomar-lhe de que ela não estava e ele voltou para casa.
Mas, há um detalhe: estava chorando antes dele vir falar com minha mãe.
Não me lembro direito o motivo,
mas creio que seja por falta de não interatividade que tive em Brasília e de me sentir totalmente deslocado lá.
Estava pensando no que fiz e no que deixei de fazer (quase tudo) durante a viagem.
Chorei por causa do meu fracasso social durante esses dias em Brasília.
Tava me sentindo frustrado.
Demorei para ir até o portão despachar o vizinho e informar-lhe que minha mãe não se encontrava, pois esperei enxugar as lágrimas e o rosto secar.
Lembro também que o vizinho morou em Brasília durante um certo tempo, e isso me 'animou' mais ainda, porque ele parecia, assim, pra mim, sociável e eu muito distante disso.
Durante a viagem senti uma diferença entre mim e os outros.
Senti uma falta da 'teia de civilidade', inexistente na minha cidade e em mim (principalmente), mas existente em Brasília.
Essa foi a característica ou a falta dela mais marcante nessa viagem e que guardei como marca forte.
Diário de bordo da viagem encerrado.
Hora de tentar a vida aqui.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Mais um pause: Dia de Exposição

Mais um pause de Brasília (prometo que continarei a história sobre a capital federal.
Ela é importante para mim).
Mas, hoje, resolvi falar do hoje.
Ultimamente, eu tenho estado em crise de identidade para saber se eu sou bissexual mesmo,
e se com homens tenho mais haver como passivo ou ativo.
Os fatos de hoje e do mês foram importantes para algumas conclusões. Embora elas mudem a cada dia.
Eu tava encontrando evidências para me considerar passivo.
Mas, não tenho tanta certeza se isso me satisfaz, e se é realmente disso que eu gosto.
É assim: com héteros másculos e etc (não com todos)
eu acabo me comportando como passivo (seja lá como isso seja),
mas minha excitação é muito pouca.
Mas, o fato de pensar em me comportar como passivo literalmente e agir como tal realmente acontece.
Só que bunda de homem me atrai também,
assim como um homem que se comporte como passivo.
Então com héteros eu me comporto como passivo e,
com passivos, eu me comporto como ativo (nesse segundo caso fico excitado facilmente).
Assim me comporto na maioria das vezes.
Só que pensar em ser passivo ainda me aflige.
Mas, não tenho certeza se isso realmente me dá prazer.
Já fui passivo há muito tempo atrás e foi traumatizante.
Hoje, eu tirei algumas conclusões sobre isso,
e ainda banquei o tarzan.
Vamos aos fatos:
Eu tava vindo pra casa, saindo do estágio e fui pegar um ônibus para voltar.
Só que vi outro vindo logo atrás do que eu ia pegar.
Esse segundo ônibus, que ue peguei, passava mais perto da casa de um garoto que eu cho que o destino faria com que eu ficasse com ele algum dia
(depois eu explico melhor essa história de destino).
Bem, perto já de casa, senta um garoto do meu lado.
E, ele me pareceu passivo.
Eu me excitei na hora.
Estava chegando o local onde eu desceria
e fiquei com vergonha de levantar porque tava muito excitado.
Se levantasse, ele percebeira e eu me constrangeria.
Desci na parada posterior então, e o garoto também desceu nela
(vou logo adiantando: não deu em nada).
O que eu fiz?
Ainda excitado, segui o garoto?
Não.
Olhei para ele, que saiu na minha frente, mas não o segui.
O porquê?
Vários.
Mas acho que dois preponderam.
(E saibam logo que o arrependimento bateu mais tarde).
O primeiro foi o julgamento de beleza a respeito do garoto quase que súbito: não o achei bonito.
O outro e mais estapafúrdio foi: eu decidi ir por outro caminho,
o caminho em que eu passaria em frente a casa do garoto que eu acho que o dentino faria eu ficar algum dia.
Loucura não?
No mínimo, bestial.
Não segui o garoto do ônibus.
Fui em direção a outro caminho,
passei em frente a casa do garoto que eu acho que ficaria com ele por causa do destino e nada aconteceu.
Também, eram 15:00 hs e a rua estava deserta.
Cheguei em casa normalmente e fiquei no sofá sentado.
Bateu um arrenpendimento tão grande de não ter seguido o rapaz do ônibus.
Tinha descido na mesma parada que ele desceu e etc,
podia ter seguido-o e algo poderia ter rolado.
E, eu, muito excitado, me satisfaria como ativo.
Acontece que nessa hora de arrependimento me identifiquei como ativo.
Era o que eu tava sentindo.
Há um ano atrás, indo pra faculdade, segui um cara e transamos no caminho.
Eu como ativo e ele como passivo. Foi muito bom.
Sabia que poderia ter rolado algo semelhante hoje.
E eu teria prazer tanto fisicamente como psicologicamente.
Mesmo arrependido, tava começando a me rever como ativo.
Enquanto eu pensave isso tudo,
minha mãe estava indo para a casa ao lado,
a casa da vizinha (mas que é alugada pela minha mãe apra ela) para puxar água de uma instalação para as duas casas que estavam sem água.
Ela pediu minha ajuda e eu decidi ajudá-la.
Me sentindo o macho,
por causa da vontade de ter transado com o rapaz do ônibus,
fui sem camisa.
Tempo vai, tempo vem, uma vizinha que só sabe fofocar e bater perna passou de longe e me olhou, olhou e olhou.
Não demorou muito,
ela veio até a casa da vizinha onde estávamos e ficou na janela.
Tenho certeza que foi para me ver.
Um garoto (acho que querendo me admirar também - e olha que eu não sou musculoso)
saiu da casa da vizinha e aposto que era pra me ver também.
Pronto.
Bancando o tarzan, virei o centro da atenção da vizinhança.
Tava me sentindo.
Não perdendo o contexto,
outro fato que ocorreu hoje,
também, me fez me enxergar como homem
(da forma como a maioria das pessoas pensam que os homens devem ser).
Uma garota do estágio tava fazendo umas explicações para os outros funcionários
e eu tava olhando para ela.
Ela me olhou de um jeito que eu interpretei de modo íntimo, por mais de uma vez.
Depois fiquei constrangido.
Foi diferente: um olhar com outro significado entre um homem e uma mulher.
Mas, foi um detalhe comparado ao que aconteceu no dia.
Esse fato é só pra somar à história que me ocorreu hoje.
E, teve a última do dia para completá-lo.
Hoje à noite fui à faculdade.
Lá eu sou altamente estranho, insociável.
Converso com poucas pessoas.
Bem, tive aula à noite lá pelas 20:00 hs.
Lá pelas 21:30 hs a aula acabou.
Sai e fui para fora do prédio esperar minha irmã me buscar de carro.
Tô eu, sentando, sozinho, quando um rapaz que tava na aula comigo se chega junto a mim, e senta do meu lado.
Conversamos, quase que normalmente. Ele sim, conversou normalmente.
Eu não sei conversar normamelmente com outros caras sem pensar em outras intensões.
Eu fico esquisito.
Pra ficar claro: eu tava meio desconcertado.
Ele é alto e eu baixo, mas o papel era: eu ativo e ele passivo.
Parece louco, mas era o que tava parecendo.
Durante a aula eu tinha prestado atenção nele.
Mas, não rolou nada durante, nem depois da aula.
Só essa sinergia e um papo que pode descambar numa amizade mais adiante.
Minha irmã foi me buscar e a noite findou.
Meu dia terminou e, aqui, estou eu, agora, sem camisa,
escrevendo e me promentendo a mim mesmo que não deixarei essa ideia de destino subir tanto a minha cabeça a ponto de fazer eu não ir atrás de um cara e perder uma possível transa
(há tanto tempo eu tô na seca).
Ainda tô me sentindo o cara, o macho, o ativo.
E, acho que tô me reencontrando.
Mas, se vier esse comportamento de passivo com héteros ou com homens em geral,
vou tentar encarar numa boa e ver qual é.
Mas é fato: passivos me excitam muito mais.
Tô numa crise de identidade.
Essa é a verdade.
Mas independente dela, vou levando a vida.
E, como a vida tá se dirigindo para o Natal e o Ano novo.
Boas festas a todos!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Pause: "Será que ele não curte?"

Bom, mais uma pausa das postagens do passado.
Mesmo dando um pause sei aonde elas vão levar: ao desconhecido que tornou-se conhecido.
Mas interrompendo essa sequência, decidi postar sobre um tema: amizade.
E, com o título: "Será que ele não curte?"
Isso mesmo: "Será que ele não curte?"
De uns tempos pra cá, eu tenho observado garotos e só tenho pensado:
"- Acho que ele é passivo" ou "-Acho que esse come."
Parece que eu não tenho mais visto os homens como iguais a mim, e que, daí, podem surgir boas amizades, descompromissadas e sem interesse, a não ser o da partilha.
Falo isso porque hoje fui até a divisão de estágio da universidade levar meu termo aditivo de estágio para assinarem.
E, um rapaz me atendeu.
Pediu que eu deixasse o documento e voltasse mais tarde.
(Aposto que você já está pensando maledicência!)
Eu voltei depois de um tempo.
Quando eu voltei, ele estava ao telefone.
Sentei e aguardei finalizar o telefonema.
Quando ele terminou, eu falei:" - Resolveu o problema?"
E, ele: " - Que problema?"
Sinceramente não tava entendendo.
Mas, ele se levantou e foi buscar o documento.
Levantou sorrindo.
Eu achando tudo aquilo estranho.
(Ps: Ultimamente tenho achado muita coisa estranha, como nessa, em que de algo simples eu extraio complexidade.)
Ele trouxe o documento e disse:" - É esse aí moço? Tá entregue"
Me recomendou de não esquecer de trazer a via da universidade e nos despedimos.
Sei que sou arredio com outros garotos.
Não gosto de clube do bolinha, mesmo tendo participado de um na adolescência.
Tenho as minhas amizades, mas são antigas e acontece que não tenho deixado espaço para as novas, principalmente com homens.
Parece que de um tempo pra cá, ou eu não gosto do garoto, ou como a maioria dos gays e bissexuais (eu acho) já o enxergo com outras intenções, pensando numa possível "passividade" ou "atividade".
Pô, será que eu não posso olhar um cara e pensar: " - Esse cara deve ser gente boa." ou "- Vê só como fulano é legal."
Acho que tô um tempo sem fazer esse exercício do pensamento do bem e tenho exercitado só o sexual.
E, o fato ocorrido ontem ao receber esse documento na universidade me fez pensar do carinha: "- Ele é gente boa, gente fina."
Acho que vou retomar a prática do pensamento da amizade e camaradagem.
Pelo menos, já tenho uma outra ótica. Queria ver plenamente através dela.
Sei que continuarei vendo a maioria dos homens pelo lado sexual.
Mas vou me esforçar para pensar também: " - Será que ele não curte?", ou seja, " - Será que daqui pode surgir uma boa amizade?"
Acho que posso ter boas amizades masculinas.
Vou me esforçar pra pensar diferente.
Vou, pelo menos, tentar.