segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Anteriormente em Divã de Vida


Bom, nos posts anteriores eu falei e citei com transcrições dos dois blogs meus o que eu havia feito neles e que não dei continuidade, mas que foram essenciais para que eu começasse a escrever.
Em um, o "Sextos Sentidos" eu comecei a tratar de algo que estava ficando próximo de mim,
algo relacionado a sensações diferentes, insights, pensamentos, habilidades extraordinárias, entre outras coisas.
Acho que vou dar continuidade o que queria antes agora neste blog que escrevo.
Eu falei também de um outro blog pessoal que se chamava "Os Sinais dos Últimos Dias",
em que eu relatava a sensação de morte que me rondava e que tinha decidido criar ele pra deixar minhas últimas palavras disponível para os outros. Compartilhar o que estava sentindo.
Como deu pra perceber: não morri.
Mas decidi em uma das postagens anteriores, relatar esse episódio da minha vida.
Porém o objetivo principal desse blog que escrevo não é ficar colocando transcrições de outros blogs anteriores a esse, mas sim retratar, se possível, com a maior riqueza de detalhes que eu lembrar, uma época da minha vida que se iniciou nos anos de 2008 e perdura até agora (e acho que daqui em diante vai continuar): algo que eu vivi e que foi muito intenso e gostaria de compartilhar.
Acho que o blog vai ser um diário pessoal, um espelho em que daqui há alguns anos vou olhar e lembrar de como eu era. Então como diário de papel tá fora de moda, vamos ficando com o diário virtual, em que o interlocutor e o canal será a internet.
Esse diário por sinal tá meio em atraso, já que o que vou contar é o que aconteceu comigo há uns dois/três anos atrás.
Mas como nunca é tarde para nunca. Vamos lá, adiante, porque recordar é viver.
E, tomara que daqui há alguns anos essas recordações tenham significados, importantes ou não, ou que sejam apenas recordações, para fazer rir ou chorar, disponíveis em um meio de fácil acesso na era digital.
Pra ser cronológico em relçação a esse diário e adiantar o menu saiba que nessa época da minha vida eu passei por um problema na facul, precisei de terapia, na terapia eu tive crises psicóticas que se repitiram duas vezes, e que contribuiram para que eu chegasse à uti e por último à beira da morte.
Mas estou aqui pra contar a história.
E ela começa em fevereiro de 2008.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Nada é por acaso

Ah, até que enfim, coloquei um pouco da preguiça de lado,
mudei o endereço da página, e decidi que além de ler, devo escrever.
Não dá pra ficar com o que penso só no pensamento, tenho que expressar.
E, ainda mais, quando acredito que, o que penso,
pode significar muito pra muitos, ou talvez muito para poucos,
ou apenas significar a mim. Mas, não creio nisso.
Certamente, significará algo para muitos.
E, antes que perca o fio da meada vou dizendo:
 - Não é por acaso que escrevo, não é por acaso que penso. Nada é por acaso.
Se escrevo é por que conheço sinais, sílabas, palavras e que estas em conjunto fazem sentido.
E, se penso, é por que conheço, ouço, vejo, vivo, sinto, percebo e dou significado,
e isso me leva a transmitir esses significados, que possivelmente são únicos.
É a isso que me destino, a compartilhar aquilo que conheço, através da escrita.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Divã de Vida

Bom, decidi mudar o nome do blog e a página pra acessá-lo.
Acho que a proposta que eu tinha anteriormente mudou.
Ele se chamava "Insights Repentinos",
porque eu tava tendo ideias e teorias sobre a vida.
Cheguei a anotá-las e as publicarei.
Mas o alvo mesmo do blog é retratar uma época da minha vida que vivi.
Decidi então rebatizá-lo de "Divã de Vida".
Divã de vida, dívidas, dúvidas, devaneios - tudo isso você vai encontrar aqui.
Espero não ter mais menhuma mudança repentina, além dessa.
Então, divirta-se.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Os sinais dos últimos dias

Bom, no post anteriror eu queria iniciar esse novo blog,
mas queria findar definitivamente os outros dois que eu já tinha feito,
mas aos quais não dava a devida atenção.
Resolvi então trazer as postagens dos blogs anteriores para esse,
para depois com todo gás iniciar o "Insights Repentinos"
No post anterior eu falei do "Sextos Sentidos"
e disse a sua finalidade e publiquei a postagem que havia feito nele.
Agora eu foi publicar uma outra postagem,
de um outro blog, que se chama
                     OS












          DOS ÚLTIMOS DIAS

Na verdade não se trata do fim do mundo,
mas tratava dos meus últimos dias aqui na terra.
Eu achava que ia morrer.
Vou explicar tudo:
Em 2008, eu entrei numa terapia,
tive uma crise psicótica durante a terapia.
Em 2009, fiz terapia novamente, tive a segunda crise.
Isso no primeiro semestre de 2009.
No segundo semestre de 2009, eu contrai uma pneumonia,
o quadro ficou tão grave que eu fui parar na uti.
Isso em outubro, final de outubro de 2009.

Na uti, todos achavam que eu estava me 
recuperando, mas eu achava o contrário.
Achava que estava definhando,
por causa dos seguintes acontecimentos:
1 - Meu desempenho caiu muito na fisioterapia com o passar dos dias.
2 - Nos dois últimos dias na uti (eu passei 11 dias lá)
eu tremia da cabeça aos pés quando olhava alguém.
Levava susto fácim.
3 - Minha capacidade motora parece que diminuia.
4 - Meu tato parece que se perdia.
Teve um dia (quando já tava em casa) que eu me cortei e demorei minutos para perceber que havia me cortado. Tenho a cicatriz até hoje, entre os dedos.

Então, no meu entendimento eu iria perder as forças e falecer.
Então decidi tentar colaborar em tudo,
para sair da uti e ir pra o apartamento do hospital, 
e depois ir para casa morrer dignamente.
Era o que eu pensava.
(Acho que já deu para perceber que até agora eu não morri, mas vamos lá, continuando...)
Saí da uti, fui para o apartamento.
Lá sentia pontadas no coração.
Pra mim eram sinais de que aqueles eram relamente meus últimos dias.
Quando eu saí do hospital, no momento em que eu saí, senti um frio bem no começo da espinha dorsal.
Eu pensei: - É o frio da morte.
Fui pra casa, fiz fisioterapia, comecei a minha recuperação.
Mesmo assim, continuava a achar que ia morrer

Olha uma foto minha depois da recuperação (à direita):
 Um dia, em novembro, eu fui ao cinema com um primo meu,
e lá vem o frio na coluna novamente.
Meus dedos entrelçavam-se e eu achava aquilo estranho.
Minhas unhas cresciam como que com uma dobradura nela.
Continuava achando que ia morrer.
Lembro que fui à praia, ainda em novembro, com a família e joguei bola.
Tinha que parar de jogar porque forçava muito o pulmão.
Nessa época, dois meses depois de sair do hospital,
me convidaram para fazer uma peça na igreja.
Essa peça exigia esforço físico.
Num dos ensaios, eu não me senti bem,
senti falta de ar, fiquei acianótico (roxo, sem oxigenação),
fiquei tonto e ia desmaiar.
Precisaram me deitar e levantar minhas pernas
para que a circulação de oxigênio fosse direcionada ao cérebro e eu não desmaiasse.
Eu pensei: - Pronto sobrevivi a essa. Da próxima, eu não escapo.
  


Então nessa época, eu comecei a escrever uns emails para um amigo meu.
Nesses emails, eu contei tudo o que eu tinha sentido na uti.
Todas as sensações, tudo.
Em tempo oportuno, eu compartilharei desses email com vocês.
Lá eu contava muita coisa.
Continuava achando que ia morrer.
Os emails eram meio de despedida também por esse motivo.
Acho que foi por isso,
que no ano de 2010, eu saí para tanto show.
Pensava: - Se vou morrer,
então vou curtir a vida.
Mas bem, não morri.
Mas, quando começei a escrever "Os sinais dos últimos dias",
eu achava que iria morrer mesmo.
Esse blog vocês encontram nesse endereço:
E lá conta o que eu pensava na época,
e porquê de ter feito o blog.
Ah, a data da postagem original (de "Os sinais dos últimos dias") é de: 22/12/09,
dois meses apenas após a passagem pelo hospital. 
Portanto retratava fielmente o que eu sentia.
Abaixo, vou colocar entre aspas,
o conteúdo da única postagem
que publiquei.
Viajem nela, o tanto quanto eu viajei na maionese nessa época da minha vida.
Extraído do blog: Os sinais dos últimos dias.


"Não sei por onde começar. Mas o importante é que comece.
Os sinais dos últimos dias não são o fim dos tempos ou o Apocalipse.
São na verdade os sinais dos meus últimos dias de vida.
Daí a dúvida de começar: se pelo começo desses sinais ou pelo que sinto agora. Talvez dos dois.
A verdade é que agora sinto o meu corpo perdendo o tato e a sensibilidade no corpo.
Assim como o paladar, não ser como era antes, ter diminuído.
Ou a dificuldade motora, ou simplesmente a perda do sentido do Natal?
(Nossa, quanta desgraça!)
O fim eu sei como vai ser (já tive prévia: senti tontura e quase apaguei).
Interessante é contar o início e como tudo aconteceu."

Na próxima postagem, eu começarei a falar de onde tudo começou. Essa paranóia:
de uma fase da minha vida que pode servir de lição para outros.
Do problema na facul, da terapia, das crises psicóticas, da uti e de hoje.
Até a próxima.