segunda-feira, 24 de outubro de 2011

(Parênteses)

Bom, ainda vou falar da viagem que fiz à Brasília.
Mas, abro aqui um parênstes agora: talvez o meu presente seja tão importante quanto o passado que quero registrar no blog.
E, nada mais presente do que falar do hoje.
Pois bem, hoje amanheci, na verdade,
desde ontem dormi diferente.
Não sei se essa mudança ocorrerá realmente.
Vou contar-lhes:
O fato é que eu fiz a prova do Enem e fui bem,
superei minhas expectativas.
O gabarito oficial ainda nem saiu, mas eu voltei a sonhar:
fiz uma boa pontução nas provas, segundo correção de cursinhos.
Também acho que não fui mal na redação.
Creio que minha média geral deverá ficar na faixa de uns 800 pontos.
Isso me possibilitou sonhar e criar expectativas. Vou explicar o porquê.
Em 2005 prestei vestibular para Administração e Medicina, áreas nada afins.
Passei em administração em 2006 e ainda estou cursando (tô mais fatorial que outra coisa!).
Mas, não desisti de tentar para medicina.
Desta vez a chance parece ser real.
Não vou criar falsas expectativas.
Mas, a realidade dos fatos me diz que tenho chances reais.
Vou aguardar o tempo. Mas, como terei duas opções no Sisu,
se não passar em medicina provavelmente passarei em enfermagem na federal (À essa altura da vida escolher o que mais se aproxima do meu sonho é a jogada. E, se for para ser frustrado, que seja o mais próximo do que queria ser.).
Acontece que acordar hoje me imaginando concluir uma graduação - Administração - a qual estou perto do fim, e começar outra na área da sáude - se não em Medicina, em Enfermagem talvez, parece que me abriu a mente.
Hoje cheguei no serviço e, influenciado por achar que farei um curso na área da saúde, pensei:
- As pessoas parecem viver longe da ciência, de um cientificismo.
Passam suas vidas no achismo, a esmo, desnorteadas.
Vêm ao mundo, mas até o fim da vida não sabem pra quê.
(Isso tudo eu imaginando, pensando em mim, em estar vislumbrando uma trajetória que a minha vida pode fazer -  terminar uma ciência humana e entar numa área da saúde - eu pensando saber para onde eu vou e o que eu quero).
Fiquei pensando: - Se as pessoas tivessem conhecimento, soubessem, por exemplo, se prevenir das doenças, conhecendo-as, saber matemática, realizar funções que exigem um conhecimento técnico e não uma rotina de procedimentos, não ficar no que todo mundo faz ou no que todo mundo diz, no superficial, mas se usassem mais a razão e o conhecimento ao seu favor, teríamos pessoas mais realizadas, ou no mínimo, conscientes dos seus atos.
 - Se as nossas ações fossem balizadas pela razão, pelo uso do nosso cérebro. Se as pessoas gostassem de ciência, entendessem seus corpos através da biologia, entendessem da casa por meio da física, resolvessem os problemas com lógica, acho que tudo seria mais justo e mais fácil. Não devagaríamos e perderíamos tempo buscando respostas que podem estar a nosso alcance. Entenderíamos o mundo como uma ciência física, em que uma consequência tem uma causa, uma ação tem uma reação.
 - Se temos cohecimento vamos usar a ciência a nosso favor. Que ela sirva de apoio para vida e talvez seja sua motivação. E, como a ciência pode inspirar.
Tudo isso eu pensei, posso dizer que até senti, nessa manhã de hoje.
Talvez, meu caminho a ser trilhado não passe nem perto do que eu imaginei. Talvez não passe para medicina, nem para enfermagem. Talvez nada disso aconteça.
Mas o que fiz no fical de semana (a prova e o resultado dela) me permitiu uma reflexão.
E mesmo que tudo isso não aconteça, já valeu a pena.
E gostei da reflexão.
Foi mais um insight que tive.
Tenho aprendido com eles um pouco mais sobre mim e sobre a vida.
E, eu compartilho eles com vocês.
O parênteses se encerra aqui, mas acho que voltará a aparecer.
Tô percebendo que o presente é tão importante quanto o passado, assim como o futuro.
Mas sei do peso que o passado tem.
E, contibuarei a falar dele nos outros posts.
No próximo retomarei a viagem à Brasília, como foi a noite do primeiro dia dela e o dia da prova do concurso.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Uma tarde no Planalto

Bom, hora do almoço do primeiro dia da minha viagem à Brasilia.
Atravessei a avendia, passei por onde tinha tomado café,
desci até encontrar um restaurante convencional,
nada também que fosse comprometer o orçamento.
Vi de perto outro restaurante, onde as pessoas que prestariam concurso
e que estavam na mesma pousada que eu almoçavam.
Ps: eu só saí da pousada para almoçar depois
que a maioria das pessoas que estavam na pousada saíram.
Mais uma vez medo do bicho-homem: esperei a galera sair pra poder sair.
Depois de almoçar, voltei à pousada,
e decidi ir até o local de prova para saber exatamente o tempo
que levaria para chegar até lá no outro dia e não ter imprevistos.
Beleza, tava na Asa Norte e a prova seria na Asa Sul.
Então, peguei um ônibus e fui até o outro lado da cidade.
Teoricamente, Brasília é um chadrez de quadras com avenidas.
Fui para a Asa Sul e tinha que descer uma quandra inteira
até até encontrar o endereço (avenida) correto.
Óbvio que observava a cidade, mas crucial era conometrar o tempo.
É impressionante como Brasília é uma cidade "vazada",
suas quadras e avenidas recortadas por canteiros e calçadas com jardins,
de praças a corredores abertos.
Você pode andar entre prédios e condomínios tranquilamente.
Abaixo, uma foto da Asa Sul.
Da de perceber o verde que Brasília tem,
e como falei dá de passar de um prédio a outro,
sem ter barreiras ou entradas que o definem.
Continunado: fui em direção ao sul, em relação à quadra até achar o colégio.
Cansei, mas achei. Cheguei lá, olhei, confirmei e voltei.
Verifiquei pontos de referência e o tempo gasto.
Estava me preparando para o outro dia.
Voltei de onde estava, fazendo o trajeto inverso,
subindo a quadra e passando de uma avenida à outrra,
e vendo a paisagem verticalizada pelos prédios e horizantada pela grama.
Levei menos tempo do que o que gastei para ir.
Mas, na volta percebi algo que é particular de Brasília:
uma teia social de civilidade.
É cada um na sua, tipo assim: eu me aproximo de você,
comunico-me, mas não interajo a ponto de modificar-te ou impor algo a você.
Te respeito como você é.
Até os filhos questionam os pais, educadamente claro,
e os mais velhos as opiniões dos mais velhos.
Jovens falam uma língua social mais ananimosa,
porém também de respeito a individualidade alheia.
Falo isso, por que ao voltar, no ônibus,
olhei um garoto entrando e um amigo dele depois,
conversavam, mas, cada um do seu jeito,
não precisavam estar vestidos parecidos,
ou usar o mesmo corte de cabelo,
tinham algo em comum, mas não tudo,
e compartilhar essa diferença é característica de Brasília.
Pelo menos, em Brasília, capital.

Voltei do reconhecimento do colégio de prova.
Era hora de banhar e jantar.
Mais uma vez, por conta própria.

Ah, o Almoço*:
Lembrei agora de como foi o almoço de sábado:
Entrei no restaurante, peguei o prato e me dirigi a uma mesa.
Dava de perceber que mais que almoço,
as pessoas trocam informações,
se comunicam, e eu lá incomunicável,
mas alimentando meu sitesma digestivo
e percebendo a civilidade dos outros clientes do restaurante.
A maioria além de almoçar batia um bom papo e de modo educado.
Era "vazado" o quarteirão onde o restaurante ficava.
Só para melhor exemplificar:
eu estava em uma mesa e o prédio tinha janelas,
dava de ver quem passava ao fundo, na calçada atrás,
e logicamente, a frente em relação à avenida e aberta para o público.
Essa é Brasília.
Gostei demais da arquitetura de lá,
dessa teia social respeitável, da cidade em si.
Mais uma foto de Brasília, Asa Sul.
Dá de perceber como o verde circunda os prédios.
Na próxima postagem o jantar de sábado e o dia D, o dia da prova.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Brasília que não me sai do pensamento - Rede sem fio

Me lembro como se fosse hoje.
Cheguei à pousada e fiquei hospedado sábado e domingo (dia da prova).
Fiquei em um quarto de solteiro. Nada muito sofisticado, mas essencial.
Ela fornecia café da manhã até às 10:00 hs. Eu sempre atrasava para ele.
Então, no sábado, depois de ter passado das 10:00 hs, fui a um ponto de ônibus perto e comprei café. (Saudade de Belém, com suas pousadas e cafés "ambulantes" em frente à rodoviária: - "Quer com ovo ou sem?" além de café tinindo. Pois bem, cada cidade com sua particularidade.)
Depois de ter tomado café, voltei à pousada. Tava na hora de interagir.
Primeiro choque: não conseguia fazer isso, interagir com outras pessoas.
Eram pessoas de vários estados em uma só capital, gente do Amapá, Santa Catarina, São Paulo, Maranhão, tudo num mesmo local.
E que prestariam provas para nível superior e médio do mesmo concurso.
Como eu sabia que tinha gente de todo lugar do Brasil?
Por que ficava no quarto só, e ouvia do subsolo (onde o quarto ficava) a conversa daqueles que estavam reunidos na sala acima (térreo) e nos outros quartos.
Não conseguia sair para interigir.
Ficava apenas no quarto trancado ouvindo a converesa dos outros, que parecia ser bacana.
Senti muito essa dificuldade.
Chegar lá e dizer: Oi, e aí blz, vai fazer o concurso?
Na época, isso seria muito constrangedor pra mim.
Achava isso uma tolice.
Acho que depois de uma apresentação pessoal cairia no vazio.
Então decidi não sair do quarto para conversar.
Fiquei, então, lá, trancado no quarto, ouvindo a conversa dos outros e com uma certa sensação de desconforto criada por mim mesmo.
O máximo que fiz foi ir até um computador, disponível na pousada, e acessar a internet para confirmar o endereço do local de prova e ver como chegar lá, e ir ao banheiro para tomar banho e escovar os dentes: "Beleza de intereção."
Passada a manhã de sábado, chegava a hora do almoço.
(Continua...)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

2008

Por onde começar?
Pelo que vivo atualmente?
Pelo que já passei?
Como fazer essa interligação?
Chega de perguntas, vamos às respostas.
Começar por onde tudo começou, ou pelo menos, onde esse começo teve um ápice.
Em 2008, fevereiro.
Prestei concurso para o TST (Tribunal Superior do Trabalho),
para cargo de nível médio.
O concurso ia acontecer em Brasília, e eu moro em outro estado. Então, teria que viajar até Brasília.
Já estava cursando faculdade, e através dela, tinha conseguido um estágio, e com ele uma boa renda. Colocava parte dessa renda na poupança, até que consegui juntar R$ 2.000,00.
Pois é, decidi usar uma parte desses R$ 2.000,00, mais ou menos uns R$ 700,00 para viajar.
Me inscrevi no concurso, mas, mais do que ter estudado, acreditar que morar em outra cidade podia de alguma formar melhorar minha qualidade de vida me impulsionava muito.
Comprei passagem, pesquisei hospedagem e restaurantes pela internet. Utilizei até o Google Maps, pra antes mesmo de viajar, saber o local de prova.
Preparei as malas, viajei numa sexta à noite, cheguei lá na madrugada de sábado, fui de avião.
Primeira coisa a fazer: procurar estadia.
Como não queria fazer muitas despesas, vou a um guichê telefônico, e em uma lista telefônica, ligo para duas pousadas locais, e encotro vaga em uma delas, reservo a vaga e pego um táxi até lá.
(Continua...)