sábado, 14 de janeiro de 2012

Déjà Vu de Baile de Carnaval

Isso mesmo: déjà vu, sensação de já ter vivido algo antes.
Geralmente, faz inferência a uma sensação atual como se já tivesse acontecido, ou pudesse ter sido prevista.
Mas, o déjà vu que senti foi de algo que vivi, que já tinha vivido anteriormente e parecia poder voltar a viver.
A situação foi a seguinte:
Carnaval de 2008.
Estou em meu quarto, e muito angustiado.
Lembro-me da época em que eu era sociável (a teia de socialidade em Brasília desencadeiou em eu pensar naquilo que já fui, pensar na falta dessa sociabilidade nos anos atuais, mas existente no ano 2000.)
Relembrei que, no ano 2000, teve um baile de carnaval no colégio.
Na época eu tinha um grupo de amigos (bons tempos!) e cursava a 6ª série.
Fui a esse baile pra descontrair.
Pensei que seria a base de marchinhas de carnaval e tava afim de zuar com os amigos.
Tinha 12 anos e a adolescência era só aventura.
Cheguei no baile, tava tocando uns axés daqueles mais quentes, mas depois tocou até músicas de quadrilha de festa junina.
Sem por menores, brinquei, como alguém de 12 anos brinca.
Entrei no clima e até no trenzinho, que sempre tem.
Isso tudo havia ocorrido a mim, aos meus 12 anos, num baile de carnaval no colégio nos anos 2000.
Pois bem, em 2008, fevereiro, carnaval, 8 anos depois, estou em meu quarto e saudoso do tempo mais sociável, ouço música de carnaval, marchinhas tocarem perto de casa.
Ouvi, e como num transe me transportava para 2000, fevereiro, baile da escola.
Era como se retornasse àquele momento e pudesse voltar não àquela situação, mas àquela condição, de como eu era, sociável, brincar sem se importar e de me divertir sem ter hora pra acabar, ser alto astral e sem preocupações.
Podia voltar no tempo, não no espaço, mas relativamente no tempo, no sentido de resgatar um comportamento que eu tinha, o de ser sociável, exatamente como era.
Voltar a viver com intensidade e com grande similaridade uma condição já vivida.
Uma espécie de déjà vu.
Eu, de algo forma, podia voltar ao passado para mudar o presente: reviver e voltar a ser eu de verdade de novo.
Não mexendo no externo, mas internamente, no meu universo.
Algo parecido como no filme Efeito borboleta.
Essa viagem ao túnel do tempo só tava começando.
Essas sensações iriam aumentar sigficativamente,
e fariam conexão com outros momentos do meu passado.
De certa maneira, a angústia continuava, a falta de socialidade também,
mas essa lembrança do passado me fez perceber como eu era, e que talvez podia retornar a ser.

Outros eventos aconteceram.
De certa maneira voltei em algumas situções mais adiante ao passado. Falarei delas aqui.
Mas, depois desse déjá vu, passei por uma situação constrangedora, um vexame não-programado que me fez pedir ajuda.
E, esse é o assunto do próximo post.

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